A subjetividade como desafio metodológico na pesquisa antropológica
Resumo
Não existe um início e um fim da pesquisa, mas um acabamento. É assim, caminhando para o segundo ano de doutorado, metade do caminho, que a disciplina ofertada pelo Programa de Pós–Graduação em Antropologia Social (PPGAS/UFG): Seminários Avançados em Antropologia Contemporânea, ministrada pelo professor Dr. Camilo Braz, sinalizou provocações metodológicas no sentido de me cartografar a partir da memória afetiva de minha avó materna, uma das muitas lavadeiras da cidade de Goiás, tema de minha tese. O objetivo deste texto é compreender a subjetividade como desafio metodológico na pesquisa antropológica, afinal além de pesquisador também sou neto da pesquisada.
PALAVRAS-CHAVE: Cartografias. Metodologia. Lavadeiras. Avó Materna. Goiás.
Referências
APPADURAI, Arjun. Introdução – mercadorias e a política do valor. In: A vida social das coisas. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense, 2008.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras Escolhidas v. 1. Belo Horizonte: Brasiliense, 2012.
CARVALHO, José Jorge de. O olhar etnográfico e a voz subalterna. Horizontes Antropológicos., Jul 2001, vol.7, nº15, p.107-147.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. “Cultura” e cultura: conhecimentos tradicionais e direitos intelectuais. In: Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2009. p.311-373.
CARVALHO, J. M. Do projeto às estratégias/táticas de professores como profissionais necessários aos espaços/tempos da escola pública. In: CARVALHO, J. M. Diferentes perspectivas da profissão docente na atualidade (Org.). Vitória, EDUFES, 2004. p.10-44.
CLIFFORD, James. Sobre a Autoridade Etnográfica. CLIFFORD, J. A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1998.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia, Vol. 1, São Paulo: Ed. 34, 2011.
FANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras Brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
HALL, Stuart. 2003. A Questão Multicultural; Quando foi o pós-colonial? Pensando no limite; Estudos Culturais e Seu legado Teórico. HALL, S. Da Diáspora: Identidade e Mediações Culturais. Belo Horizonte: Editora da UFMG/Brasília: UNESCO.
INGOLD, Timothy. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, v.18, n.37, p.25-44, jun.2012.
KASTRUP, V. O método da cartografia e os quatro níveis da pesquisa - intervenção. In: CASTRO, L. R. de; BESSET, V. L. (Orgs.). Pesquisa - intervenção na infância e juventude. Rio de Janeiro: Nau, 2008, p. 465-489.
LIMA, Roberto. Três nós. In: Sena, Custódia Selma.; Sentidos do Sertão. Goiânia: Cânone Editorial, 2011.
LOPES, D. A delicadeza: estética, experiência e paisagens. Brasília: Editora Universidade de Brasília: Finatec, 2002.
SAID, Edward. O orientalismo: O oriente como invenção do Ocidente. Cia das Letras. S.P. 1990.
SILVA, Vagner Gonçalves et.al. Antropologia e seus Espelhos – A etnografia vista pelos observados. São Paulo: USP, 1994.
SPIVAK, Gaiatry. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte. UFMG, 2010. Trad. Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa e André Pereira Feitosa.
VERSIANI, D. Autoetnografias: conceitos alternativos em construção. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2005.
