REVENDO AS PRÁTICAS DE LEITURA NO SISTEMA PRISIONAL E ATRIBUINDO SIGNIFICADOS A ELAS

Palavras-chave: Privação de liberdade, Remição de Pena, Leitura

Resumo

De acordo com a SENAPPEN, o número de custodiados no Brasil aumentou consideravelmente, com 650.822 em celas físicas e 201.188 em prisão domiciliar. Dentro desse contexto, é fundamental a implementação de programas educacionais dentro do sistema prisional brasileiro, visando combater o ócio e preparar os detentos para a reinserção social por meio do trabalho. Em São Paulo, existem diferentes tipos de estabelecimentos prisionais, como penitenciárias, Regime Disciplinar Diferenciado, Centros de Ressocialização, Centros de Detenção Provisória e Centros de Progressão Penitenciária. A Educação surge como uma ferramenta essencial para transformar o cenário prisional, tornando-o mais humano e cumprindo sua função corretiva e ressocializadora. No entanto, há desafios a serem superados, como a redução da reincidência criminal e a efetividade dos programas educacionais. Por meio de pesquisa bibliográfica e entrevistas, busca-se compreender o papel da Educação para custodiados, egressos e educadores que atuam nas prisões.

Biografia do Autor

Rosemeyre Moraes de Oliveira, Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Brasil

Doutora e Mestre em Linguística Aplicada e Estudos de Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com apoio financeiro da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC-SP). 

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Publicado
2024-09-09